Há muito que esta decisão era pedida pelo mercado e era previsível que acontecesse durante este mês. O Banco Central Europeu acabou por corresponder às expetativas e avançou agora com um corte em 25 pontos base nas taxas de juro.
Na sua reunião do mês de junho, o regulador europeu determinou, assim, a redução da sua taxa principal de refinanciamento para 4,25%, enquanto a taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez caiu para os 4,50% e a taxa de depósito desceu para os 3,75%.
É uma decisão de grande peso para a economia europeia – e obviamente para nós, portugueses – por ser a primeira redução desde março de 2016 no que diz respeito à taxa de juro das operações principais de refinanciamento e à taxa de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez. Já em relação à taxa de depósito, é a primeira descida desde setembro de 2019.
Recorde-se que a subida global de 450 pontos, ordenada pelo BCE entre julho de 2022 e setembro de 2023, foi fundamental para fazer descer a taxa de inflação global na zona euro. De um pico de 10,6%, em outubro de 2022, acabou por cair para 2,6%, já em maio deste ano, prevendo-se que baixe para 2% em 2025 e 1,9% em 2026.
Ora, os valores da inflação são aqui decisivos para percebermos de que forma este corte nas taxas de juro vão beneficiar quem tem um Crédito à Habitação. Isto porque a decisão do BCE agora anunciada pode não ter um impacto direto nas prestações do seu empréstimo da casa, mas indiretamente acaba por ser fundamental para pagar menos ao banco no final do mês.
Como? Nós explicamos: a prestação do seu crédito à habitação está indexada à Euribor (isto, nos contratos que tenham taxa variável) e acontece que as taxas Euribor já estavam a descer, como resultado de um maior controlo da inflação. Portanto, a decisão do Banco Central Europeu de baixar as taxas de juro confirma a tendência de descida, apesar de ser por agora ainda algo discreta.
Quer isto dizer que os próximos meses podem ser encarados com grande otimismo. As prestações de Crédito vão continuar a ser revistas em função da regularidade dos contratos: 3, 6 ou 12 meses, de acordo com a Euribor a que estejam indexados. No caso do mês junho, registou-se uma descida nas prestações de todos os contratos com taxa variável. Já sabe, mas nunca é de mais recordar que a sua Atual Resolve está sempre do seu lado para o ajudar a compreender todas as novidades no mercado dos créditos. Se pretende aproveitar estas alterações para melhorar as condições do seu Crédito à Habitação, ou de qualquer outra natureza, contacte-nos.